quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

SIMONE DE BEAUVOIR - ESCRITORA



Em 1943, a escritora Simone Lucie-Ernestine-Marie Bertrand de Beauvoir estava pronta para o mundo. Publicou então seu primeiro romance, A Convidada. Em 1944, O Sangue dos Outros. Além dos romances, ela se dedicava também aos ensaios filosóficos e, alguns anos mais tarde, às memórias. 


Apesar de ser sempre a melhor – ou segunda melhor – aluna da classe, a formação conservadora não conseguiu aplacar os desejos de liberdade da jovem Simone. Aos 13 anos, ela estava decidida a se tornar escritora. Simone, adolescente, começou a escrever diários e tentativas de romances. Aos 14 anos, deixou de acreditar em Deus, embora fizesse dessa descrença um segredo para a família e as colegas do Cours Désir. Aos 15, Simone tem sua primeira paixão: seu primo Jacques. A família desejava o casamento, mas aos poucos ela percebe que a relação – que nunca chegou a se configurar como um namoro – não teria futuro.





"Querer ser livre é também querer livres os outros."
Simone de Beauvoir





Seus livros enfocavam os elementos mais importantes da filosofia existencialista, revelando sua crença no comprometimento do intelectual com o tempo no qual ele vive. Na obra A Convidada, de 1943, ela aborda a degeneração das relações entre um homem e uma mulher, motivada pela convivência com outra mulher, hóspede na residência do casal. Uma de suas publicações mais conhecidas é Os Mandarins, de 1954, na qual a escritora flagra os intelectuais no período pós-guerra, seus esforços para deixarem a alta burguesia letrada e finalmente se engajarem na militância política.



OS MANDARINS
A OBRA

Simone de Beauvoir ganha Prêmio Goncourt



Essa obra tem como  temática a posição dos intelectuais de esquerda no pós-guerra, como alvo também o rompimento do filósofo e escritor Jean-Paul Sartre (O ser e o nada, 1943), com o filósofo e escritor e jornalista Albert Camus (O estrangeiro,1942) o estremecimento na relação destes expoentes da literatura mundial,  que  a autora estabelecera como intenção em sua narrativa intrínseca


Neste momento eu me pergunto? Qual seria o  estopim da crise?, à  atitude crítica de Camus em relação ao  do totalitarismo empregado na época por Stálin, seus crimes desvendados, e o partido comunista, mesmo sob tais evidências condenara Camus, sendo repudiado pelos  intelectuais da época?, pela publicação de O homem Revoltado (1951),  obra que sentenciou a excomunhão  de Camus definitivamente da corte Sartriana.

Os Mandarins já não se entediam por razões de suas convicções políticas,  filosóficas e humanistas?!!!,  efetivamente antagônicas naquele momento..., seria o humanismo existencialista de Sartre ou o absurdo e revolta de Camus?, ou a tal fogueira das vaidades no mundo dos intelectuais?, convenhamos, que ambos estavam no ápice do  vigor intelectual!, Camus fora laureado com prêmio Nobel de Literatura em 1957, Sartre também laureado com o prêmio em 1964, recusando-o, em razão de suas convicções filosóficas, DUELO DE TITÃS!!!

Antonio Carlos Lopes
Bibliotecário



"O presente não é um passado em potência, ele é o momento da escolha e da ação."
Simone de Beauvoir




Simone de Beauvoir,
 a filósofa que libertou 
as mulheres – e os homens

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