Em 1943, a escritora Simone Lucie-Ernestine-Marie Bertrand de Beauvoir estava pronta para o mundo. Publicou então seu primeiro romance, A Convidada. Em 1944, O Sangue dos Outros. Além dos romances, ela se dedicava também aos ensaios filosóficos e, alguns anos mais tarde, às memórias.
Apesar de ser sempre a melhor – ou segunda melhor – aluna da classe, a formação conservadora não conseguiu aplacar os desejos de liberdade da jovem Simone. Aos 13 anos, ela estava decidida a se tornar escritora. Simone, adolescente, começou a escrever diários e tentativas de romances. Aos 14 anos, deixou de acreditar em Deus, embora fizesse dessa descrença um segredo para a família e as colegas do Cours Désir. Aos 15, Simone tem sua primeira paixão: seu primo Jacques. A família desejava o casamento, mas aos poucos ela percebe que a relação – que nunca chegou a se configurar como um namoro – não teria futuro.
"Querer ser livre é também querer livres os outros."
Simone de Beauvoir
Simone de Beauvoir
Seus livros enfocavam os elementos mais importantes da filosofia existencialista, revelando sua crença no comprometimento do intelectual com o tempo no qual ele vive. Na obra A Convidada, de 1943, ela aborda a degeneração das relações entre um homem e uma mulher, motivada pela convivência com outra mulher, hóspede na residência do casal. Uma de suas publicações mais conhecidas é Os Mandarins, de 1954, na qual a escritora flagra os intelectuais no período pós-guerra, seus esforços para deixarem a alta burguesia letrada e finalmente se engajarem na militância política.