"Você
nunca volta pelos mesmos caminhos.
Você, o pequeno menino do vale, também é o
grande adulto que leva.
E se hoje vai embora - cheio de lentidão na marcha - é
porque nunca perdeu o medo de voltar.
Sempre soube que, o soluço, é o veredito
pujante do perdão digerido.
E eu, teimoso como sou, dou conversa ao desespero.
Tenho calos por ainda ter cordas, na cabeça, para me pendurar em suas fugas.
Corra ligeiro, na cidade que há em mim, com todas as suas coisas que vão
perdendo o cheiro, exalando o melhor perfume da sua falta.
Vale-me muito esse
menino.
Valei-me...volte!
Pois as placas não têm nomes e, as ruas, não têm
saídas.
Nos fios da barba, há cama para a sua insônia.
Riso também é choro.
Cacto também se rega.
Amor, não se nega".
Fabrício Hundou - um autor desconhecido.
Ilustração: Lee Jin ju
*Postagem: Hierophant